quarta-feira, 6 de julho de 2016

STF ouve perito ignorado pela Polícia Federal em inquérito contra Pedro Paulo


Antes de decidir sobre o arquivamento da investigação contra o deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio pelo PMDB, Pedro Paulo Carvalho, por agressão à ex-mulher, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinou que seja ouvido o perito que assinou o primeiro laudo do caso. Fux atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diante da recomendação da Polícia Federal para que o inquérito seja arquivado. Janot disse que não tinha como opinar sobre o assunto sem ouvir o que o perito Francisco Mourão tem a dizer. O ministro também designou um juiz convocado pelo STF para colher o depoimento do profissional. Mourão é responsável pelo primeiro atendimento a Alexandra Marcondes, ex-mulher de Pedro Paulo, ocorrido horas depois da alegada agressão. No inquérito, a Polícia Federal colheu apenas o depoimento do perito Roger Ancilotti, contratado pelo deputado. Janot classificou a diligência como um "equívoco". O relatório da Polícia Federal, assinado pelo delegado Luciano Soares Leiro, de Brasília, apontou que o parecer do perito contratado por Pedro Paulo põe em dúvida o trabalho feito por Mourão e que, por isso, não havia como afirmar se o deputado havia de fato agredido a ex-mulher. O delegado também considera o depoimento de Alexandra inconclusivo. O deputado e pré-candidato é investigado por lesão corporal. O registro da agressão, feito junto à Polícia Civil em 2010, se refere a uma briga no final da tarde do dia 6 de fevereiro daquele ano, quando Pedro Paulo ocupava o posto de secretário da Casa Civil de Paes. A ocorrência aponta que Pedro Paulo deu socos no rosto e chutes no corpo da ex-mulher. No documento, ela disse que o ex-marido "a jogou na parede e depois no chão, agarrando-a pelo pescoço e sacudindo-a". 

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