terça-feira, 12 de julho de 2016

Petrobras volta a renegociar contratos para reduzir custos


A Petrobras vai iniciar nova rodada de renegociação de contratos com seus fornecedores. Batizado de Onda 3, o processo vai priorizar novamente empresas de sondas, aeronaves e embarcações de apoio a plataformas. Esses segmentos foram o foco da primeira rodada de negociações (a Onda 1), no segundo semestre de 2015. O processo resultou em uma redução média de 13% no valor dos contratos. Na Onda 2, a estatal conversou com fornecedores de suprimentos necessários à exploração de petróleo, como equipamentos e produtos químicos. A empresa ainda não fez um balanço dessa rodada. A abertura da Onda 3 foi apresentada oficialmente ao setor de embarcações de apoio à plataformas há duas semanas. Nesta segunda-feira (11), a estatal confirmou o processo em reunião com analistas do mercado financeiro, ao incluir a terceira rodada de negociações como uma nova iniciativa para cortar custos. A lista de medidas apresentadas ao mercado inclui ainda esforços para otimizar a frota de navios e a manutenção de tanques de petróleo e combustíveis, entre outras. A Petrobras quer aproximar as taxas de aluguel das embarcações aos valores praticados no mercado internacional, segundo disse aos fornecedores de barcos de apoio. Na primeira negociação com o setor, a estatal conseguiu uma redução média de 20% nos preços. Desde o início do ano, porém, as taxas internacionais caíram mais 30%, em resposta à fraca demanda global. No caso das sondas, a estratégia deve repetir a primeira rodada, quando a companhia antecipou o encerramento de contratos de algumas unidades em troca de extensão do prazo de outros. Desse modo, conseguiu reduzir a frota contratada sem pagar multas por rompimento contratual. No primeiro trimestre, a Petrobras reportou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão com as taxas de aluguel de sondas paradas por falta de serviço. Procurada, a estatal não se manifestou sobre o tema até a conclusão desta edição. A companhia informou nesta segunda-feira que bateu em junho seu recorde mensal de produção de petróleo e gás, com a média de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia, incluindo suas atividades no Brasil e no Exterior. O volume supera a marca de 2,88 milhões de barris atingida em agosto de 2015. A produção de junho foi 2% superior à verificada em maio, informou a estatal. Considerando apenas o petróleo no Brasil, a produção da estatal em junho foi de 2,2 milhões de barris. "Realizamos agora um resultado excepcional", comemorou a diretora de exploração e produção, Solange Guedes, em entrevista após o encontro com analistas. Ela ressaltou que, apesar do mau desempenho no primeiro trimestre, quando a produção caiu 7%, a empresa trabalha para atingir a meta de produção no ano, que é de 2,145 milhões de barris de petróleo por dia. A produção no pré-sal cresceu 8%, para 1,24 milhão de barris de óleo equivalente, também um recorde mensal.

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