terça-feira, 19 de julho de 2016

Operador de Eduardo Cunha, Lucio Bolonha Funaro, diz que seu funcionários foram ameaçados


A defesa do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro (sujeito que ameaçou a advogada Beatriz Catta Preta, a ponto de fazê-la renunciar a seus processos na Operação Lava Jato e de sair do Brasil com sua família), preso no último dia 1º, sob acusação de ser operador de um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal que envolve o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ao Supremo Tribunal Federal que funcionários de uma empresa dele foram alvos de ameaças. A ação teria partido do ex-sócio Alexandre Margotto, que tenta uma delação premiada e foi alvo de buscas na Operação Sépsis. Sob esse argumento, a defesa de Funaro pede que seja avaliada a prisão preventiva de Margotto ou que ele seja alvo de outras medidas cautelares. A petição foi protocolada no Supremo nesta terça-feira (19). "Alexandre Margotto entrou em contato com funcionários da Holding Viscaya, de propriedade do peticionário (Funaro), na data de 12.07.2016, ameaçando-os sob a chantagem de que 'iria incriminar a todos', além de 'retaliar' o próprio peticionário e sua família", escreveu o advogado de Funaro, Daniel Gerber. Como prova, a defesa juntou documentos que mostram ligações recebidas de um telefone que seria de Margotto e troca de mensagens entre funcionárias de Funaro se dizendo amedrontadas. Na semana passada foi divulgada uma gravação de áudio na qual Margotto pede o pagamento de R$ 100 mil e de dívidas atrasadas que Funaro teria com ele para não implicá-lo em uma delação premiada. Advogados que assessoram Margotto disseram que ele teria comentado que faria um 'jogo' com Funaro para tentar receber o que ele lhe devia por negócios que fizeram juntos. A defesa de Funaro pede ainda que o Ministério Público não negocie uma delação com Margotto, justamente por causa do áudio, sob a justificativa de que ele "negocia o conteúdo daquilo que será delatado". Funaro e Margotto foram acusados pelo ex-vice presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, de receberem percentuais de propina referente a recursos liberados pelo banco a grandes empresas.

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