sexta-feira, 1 de julho de 2016

Mais de cem prêmios Nobel criticam ONGs por posição contra transgênicos


Mais de cem ganhadores do Prêmio Nobel assinaram uma carta em que pedem para que a ONU, governos de todo o mundo e os líderes da ONG Greenpeace parem de se opor ao uso de organismos geneticamente modificados na agricultura. Segundo os cientistas, há oposição de várias organizações às técnicas agrícolas mais modernas. Com o Greenpeace na liderança, elas repetidamente teriam negado os benefícios da inovações biotecnológicas na agricultura. "Eles têm deturpado os riscos, benefícios e impactos, e apoiado a destruição criminosa de áreas de teste e de projetos de pesquisa", diz a carta. Eles pedem particularmente para que o Greenpeace desista da campanha contra o arroz dourado, projeto que visa reduzir os índices de deficiência de vitamina A em populações pobres a partir da ingestão do grão geneticamente modificado para produzir o nutriente. Segundo estimativas da OMS, 250 milhões de pessoas sofrem dessa deficiência – 40% são crianças em países subdesenvolvidos. Até 2 milhões de mortes anualmente poderiam deixar de acontecer com a suplementação, segundo a Unicef. E até 500 mil casos de cegueira em crianças poderiam ser evitadas. Os cientistas pedem aos governos que façam "tudo que estiver ao alcance para barrar as ações do Greenpeace e acelerar o acesso de fazendeiros às ferramentas da biologia moderna, especialmente a sementes melhoradas com biotecnologia. Toda oposição baseada em emoção e dogma desmentida por dados deve acabar". O final da carta faz um apelo mais emotivo: "Quantas crianças pobres terão de morrer para que consideremos as ações do Greenpeace um crime contra a humanidade?" 

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