sábado, 11 de junho de 2016

Poderoso chefão Lula reedita ataque ao Congresso e chama deputados de "picaretas"


O poderoso chefão e ex-presidente Lula reassumiu o discurso de oposição em ato contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB), e reeditou o ataque ao Congresso feito há 22 anos chamando os deputados de picaretas. "É só olhar para a cara deles para saber que os 300 picaretas que eu falei em 1994 aumentaram um pouco", disse, em discurso na avenida Paulista na noite desta sexta-feira (10). Esse tipo asqueroso está falando daqueles que ele chamava com intenções criminosas a sua suite no Golden Tulip, hotel de luxo, em Brasília, às vésperas da votação do processo de impeachment. O protesto reuniu no máximo 10 mil pessoas, sinal de que não há mais dinheiro para pagar mortadela. Havia grandes espaços vazios na avenida Paulista. Numa fala em que voltou a admitir uma candidatura à Presidência em 2018, Lula criticou a montagem do ministério de Temer. O petista afirmou que, com José Serra (PSDB) à frente do Ministério das Relações Exteriores, o País voltou a sofrer do "complexo de vira-lata". "Se a solução deste País fosse diminuir ministério, era melhor tirar o da Fazenda, do Planejamento, e deixar o dos pobres", completou o poderoso chefão petista, ao criticar a extinção da pasta de Direitos Humanos. Segundo o petista, os "coxinhas" que pediam a saída de Dilma Rousseff hoje têm vergonha de dizer que querem Temer. Seu discurso focou mais em criticar o presidente interino do que em defender a presidente afastada. Nos últimos dias, Dilma havia dito que viria ao protesto, por pressão da organização, mas avaliou que não era apropriado porque não queria se associar a discursos mais radicais. Lula afirmou que não poderia reivindicar o "Fora, Temer", mote do protesto, porque "não ficaria bem". E emendou: "Temer, você é um advogado constitucionalista, você sabe que não agiu correto. Por favor, permita que o povo retome o poder para Dilma e participe em 2018 das eleições". Diferentemente de membros da CUT que discursaram antes dele e defenderam a construção de uma greve geral contra o governo, Lula disse que não proporia essa medida. "Eu não posso falar em greve geral porque eu não estou dentro da fábrica, e aposentado não faz greve", afirmou. O entorno do poderoso chefão da ORCRIM petista avalia que não há musculatura para parar o País agora. 

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