quinta-feira, 16 de junho de 2016

Organização terrorista Estado Islâmico ordena o assassinato de milhares de pessoas, incluindo brasileiros


A organização terrorista Estado Islâmico divulgou em suas redes de comunicação, na segunda-feira (6), uma "lista da morte" com o nome de pessoas que seus afiliados ao redor do mundo devem assassinar. Na lista, o grupo terrorista ordena a morte de mais de oito mil pessoas, incluindo brasileiros. A lista foi descoberta pelo grupo Vocativ, especializado em investigações da chamada "deep web", a parte da internet inacessível aos mecanismos de busca. O grupo não informou exatamente quantos brasileiros estão "marcados para morrer", mas estima-se que a relação pode chegar a até 39 pessoas.  A lista da morte foi divulgada pelo braço de tecnologia do Estado Islâmico, o United Cyber Caliphate (Cyber-califado unificado, em tradução livre). Os terroristas divulgaram a lista em um grupo do aplicativo Telegram. Nela estão inclusos nomes, endereços e emails dos alvos. Ao todo, a lista pede a morte de 8318 pessoas de todo o mundo, em sua grande maioria americanos. Na mensagem, o Estado Islâmico pede para que seus seguidores "sigam" os alvos indicados e "matem-nos para vingar os muçulmanos".  São 7848 americanos, 312 canadenses, 69 australianos e 39 britânicos. Outras 50 pessoas pertencem a um grupo de países que incluem Brasil, Bélgica, China, Estônia, França, Alemanha, Grécia, Guatemala, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Jamaica, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Suécia e Trinidad e Tobago. Não há informações sobre os motivos das pessoas na lista terem sido selecionadas. Especialistas em segurança não têm um consenso sobre o objetivo da lista: se são ameaças reais que devem ser levadas a sério ou se o objetivo é apenas aterrorizar aqueles que têm o azar de terem sido selecionados. Desde novembro de 2015, logos após os ataques à Paris, especialistas de segurança desconfiam de que o Estado Islâmico esteja planejando um ataque ao Brasil. Em novembro um membro do grupo postou no Twitter uma ameaça ao País e, alguns meses depois, o departamento de imigração americano descobriu que uma célula do grupo atua no Brasil realizando tráfico de pessoas. Nesta semana, um homem foi preso em Santa Catarina (Chapecó) suspeito de estar planejando ataques com armas de longo alcance, a mando do Estado Islâmico.

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