segunda-feira, 13 de junho de 2016

Morre o brasilianista Thomas Skidmore, aos 83 anos


Morreu no sábado, aos 83 anos, o brasilianista Thomas Skidmore. O americano escreveu vários livros sobre o Brasil. As causas da morte não foram reveladas, mas ele sofria de síndrome do pânico e mal de Alzheimer. Essas doenças o levaram a se afastar da vida pública no final de 2009, e se mudar para um asilo em Westerley, Rhode Island. Skidmore era Doutor em História Moderna Européia pela Universidade de Harvard e veio para o Brasil em 1961. Chegou pouco depois da renúncia de Jânio Quadros. O objetivo era ficar por três anos, com bolsa de pós-doutorado. Na época, conheceu políticos, intelectuais e jornalistas. Mas também tinha bom relacionamento com americanos influentes. Tanto que foi uma das primeiras pessoas a saber do então iminente golpe de Estado, que levaria o Brasil à ditadura militar (1964-1985). Chegou a ser acusado de associação à ditadura, mas sempre se manifestou contra o regime. O período no Brasil rendeu o livro "De Getúlio a Castello", que foi editado em 1967 em inglês e em português dois anos depois. Foi uma das primeiras publicações sobre a República Brasileira. Skidmore também escreveu "De Castello a Tancredo", sobre a ditadura militar, e "Preto no Branco", sobre a questão racial no Brasil. Em 1966, tornou-se professor na Universidade de Winscosin, onde ficou por 20 anos e editou a "Luso-Brazilian Review", considerada uma das principais publicações sobre o Brasil nos Estados Unidos.Depois, foi para Universidade Brown, onde ficou até se aposentar, em 1999. 

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