quinta-feira, 9 de junho de 2016

Ex-presidente do PSDB-MG tem decretada prisão preventiva

A Justiça de Minas Gerais converteu, nesta quarta-feira (8), a prisão temporária de Nárcio Rodrigues, ex-presidente do PSDB no Estado e aliado do senador Aécio Neves, em prisão preventiva. Com a decisão, ele passa a ficar em regime fechado por tempo indeterminado. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado. Rodrigues foi preso no último dia 30 sob suspeita de ter recebido propina e, com parte do dinheiro, financiado campanhas eleitorais. Outras seis pessoas também tiveram a prisão convertida para preventiva. Rodrigues e mais cinco delas estão na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (Grande Belo Horizonte), já o empresário Bernardo Simões Moniz da Maia é considerado foragido. O tucano foi o principal alvo da Operação “Aequalis”, que investiga suposto contrato superfaturado de venda de equipamentos para o centro de pesquisa mineiro “Cidade das Águas”. Parte do dinheiro foi remetido para o paraíso fiscal de Hong Kong em 2014. Na época, Rodrigues ocupava o cargo de secretário estadual de Ciência e Tecnologia do governo do hoje senador Antonio Anastasia (PSDB). Em delação premiada assinada com a Promotoria de Minas Gerais, o executivo português Firmino Rocha afirmou que a empresa em que trabalhava pagou propina a Rodrigues, por cinco vezes deputado federal e foi um dos coordenadores políticos das campanhas eleitorais estaduais de Anastasia em 2010 e do tucano Pimenta da Veiga, derrotado no pleito de 2014. Firmino Rocha revelou que a propina foi paga para que o grupo Yser, um dos maiores de Portugal, fosse beneficiado em contrato superfaturado no esquema de aquisição de material para a “Cidade das Águas”, projeto da Fundação Hidroex sediado em Frutal (MG), cidade de Rodrigues e sua base eleitoral. Segundo a Controladoria-Geral de Minas Gerais, que investigou a obra em conjunto com o Ministério Público, os equipamentos foram comprados sem licitação e com superfaturamento de R$ 3,8 milhões. Apesar de terem sido pagos, os equipamentos não teriam sido entregues, gerando prejuízo de R$ 8 milhões ao governo do Estado. Ambas são do português Bernardo Simões Moniz da Maia, membro de uma das famílias mais ricas de Portugal e dono do grupo Yser. Ele é considerado foragido pelas autoridades mineiras e também teve o pedido de prisão temporária transformada em preventiva.

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