sexta-feira, 17 de junho de 2016

Delator diz que Queiroz Galvão e Galvão Engenharia pagaram R$ 1,55 milhão a Henrique Eduardo Alves


O peemedebista Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que pediu demissão nesta quinta-feira do Ministério do Turismo, é o destinatário de 1,55 milhão de reais em propina da Transpetro, segundo depoimento de delação premiada do ex-presidente da empresa, Sergio Machado. Aos investigadores da Operação Lava Jato, Machado disse que Alves "sempre em eleições o procurava para fazer doações, para poder ajudar na campanha e interceder naquelas empresas que prestavam serviço para Transpetro". Conforme a versão apresentada pelo delator, o ministro demissionário levou empresas de tecnologia e serviços para serem contratadas pela Transpetro, mas as negociações não foram adiante. Machado afirmou ainda que "ajudou sempre Henrique Alves por meio de doações oficiais, cuja origem eram vantagens indevidas pagas pelas empresas contratadas pela Transpetro". Dos mais de 100 milhões de reais em propina retirados de contratos da empresa e encaminhados a políticos do PMDB, Sergio Machado apontou 1,55 milhão de reais ao agora ex-chefe do Turismo. A empreiteira Queiroz Galvão pagou 500.000 reais em 2014, 250.000 reais em 2012, 300.000 reais em 2008 e a empresa Galvão Engenharia providenciou 500.000 reais em 2010. Em dezembro do ano passado, Henrique Eduardo Alves já tinha sido alvo de mandado de busca e apreensão em um apartamento em Natal na Operação Catilinárias, desdobramento da Lava Jato com foco em autoridades com foro privilegiado. As evidências são de que ele e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha ,atuavam em conjunto na arrecadação ilegal de recursos para campanhas. Sem o Ministério do Turismo, as suspeitas contra o peemedebista devem ser remetidas para o juiz Sergio Moro.

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