sábado, 21 de maio de 2016

Tamanho do déficit expõe a dupla irresponsabilidade a que estávamos submetidos sob Dilma

Número que o governo Temer enviará ao Congresso é 76,35% maior do que o previsto pela “Afastada”, que já era gigantesco

Por Reinaldo Azevedo - Um dos acertos destes primeiros dias do governo Temer, já escrevi aqui e tratei deste assunto também na minha coluna na Folha desta sexta-feira, é o que poderia chamar de realismo fiscal. O governo bateu o martelo sobre o número provável do déficit deste ano: espantosos R$ 170,5 bilhões. Cumpre lembrar: o governo Dilma já havia feito uma revisão, e o buraco era de R$ 96,7 bilhões — 76,35% a mais. E por que é assim: a gestão Dilma havia superestimado a receita, alheia à recessão deste ano, prevista pelo governo, por enquanto, em 3,8%. Em entrevista, Henrique Meirelles, afirmou que a meta é realista e representaria um teto. Medidas de contenção de despesas poderiam diminuir o tamanho do rombo. Não sei… A eventual renegociação da dívida dos Estados não está na conta. Mas será que haverá renegociação? Ah, fiquem certos: haverá. O número da conta da irresponsabilidade a que estávamos submetidos fica duplamente evidenciada. O tamanho do rombo fala da competência da gestora anterior, a “Afastada”. A diferença entre o número de agora e o de antes expõe de forma contundente o que não tinha como ser só incompetência: era também má-fé. Dilma destruiu as contas públicas no Brasil. Essa é a verdade insofismável. Seu crime, como gestora, é bem mais grave do que a simples pedalada.

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