sábado, 21 de maio de 2016

STF autoriza quebra de sigilos fiscal e bancário do ministro Romero Jucá


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta sexta-feira a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá é investigado por assinar emendas parlamentares no Senado para transferir recursos federais para obras no município de Cantá, em Roraima. Em troca, o então senador teria recebido parte das verbas provenientes de licitações superfaturadas organizadas pelo prefeito da cidade. O período da quebra dos sigilos bancário e fiscal vai de 1º de março de 1998 a 31 de dezembro de 2012. Além de Jucá, oito empresas com suspeita de envolvimento no esquema também tiveram seus sigilos quebrados e deverão fornecer informações sobre todas as transações realizadas no período. Marco Aurélio acatou um pedido da Procuradoria Geral da República formulado em 20 de abril e que também pedia a quebra dos sigilos de Paulo Peixoto, então prefeito de Cantá, o que foi negado pelo ministro. Peixoto é investigado na primeira instância, e o pedido deverá ser formulado ao juiz competente. Jucá tem seis procedimentos instaurados no Supremo Tribunal Federal. Ele é investigado em dois inquéritos na Lava Jato por suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e também é suspeito de envolvimento esquema de compra de medidas provisórias para favorecer a indústria automotiva desvendado pela Operação Zelotes. Há também um pedido para que o ministro seja incluído numa investigação sobre um esquema de desvio de verbas nos contratos de Belo Monte. Nas últimas semanas correm intensos rumores em Brasília de que sua ex-mulher teria feito acordo de delação premiada com autoridades americanas e estaria em programa de proteção de testemunhas. Nada se confirma sobre esta história que não abandona o primeiro plano. 

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