segunda-feira, 16 de maio de 2016

Presidente do PT quer "reação a golpe" e chama governo Temer de "usurpador"

Em texto divulgado nesta segunda-feira (16), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, classificou o governo interino de Michel Temer de "usurpador" e convocou uma "reação popular" ao que chama de "golpe" contra o mandato de Dilma Rousseff. "Mal começou e o governo usurpador confirma o que já prevíamos", escreveu o presidente petista. Segundo ele, Temer tem disposição para "avançar em privatizações, rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como acabar com o multilateralismo da política externa brasileira". "Num ministério sem mulheres e negros, com vários ministros investigados por corrupção, a revogação de direitos não se resume à reforma da Previdência, com fixação de idade mínima", completou Falcão. O texto reflete a tônica das discussões que vão permear as reuniões em Brasília da executiva e do diretório nacional do PT, nesta segunda (16) e terça-feiras (17), respectivamente. É a primeira vez que a cúpula da legenda se reúne após o afastamento de Dilma e quer traçar um plano de oposição ao governo Temer e de mobilização para a defesa do mandato da presidente agora afastada. Convidado para o encontro de terça, o poderoso chefão e ex-presidente Lula avisou que não comparecerá ao evento. Segundo aliados, Lula está muito cansado e "quer se preservar". Uma das propostas que deve ser discutida nas reuniões é que, para as eleições municipais deste ano, o PT só feche aliança com partidos que não estejam na base do governo Temer e que se posicionem, inclusive, contra a gestão do peemedebista. Falcão ainda acusa Temer de ameaçar retaliar as entidades, partidos e movimentos sociais que "se opõem ao golpe" e convoca-os para uma "reação popular". Para o dirigente petista, é preciso fazer uma "oposição firme e consistente" e diz que o PT "continuará alinhado com os partidos, frentes e movimentos do 'Não ao Golpe. Fora Temer!', participando e organizando atos, eventos e manifestações em defesa da democracia, da Justiça e do Estado de Direito". A reunião da executiva, nesta segunda-feira em Brasília, reúne Falcão e outros dirigentes da cúpula petista e é uma espécie de preparação para o encontro de terça, do diretório nacional, que contará com os 84 integrantes da instância partidária, além de governadores e ex-ministros da legenda.

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