sexta-feira, 6 de maio de 2016

O ex-terrorista Fernando Pimentel é denunciado ao STJ por corrupção


A Procuradoria Geral da República ofereceu nesta sexta-feira denúncia ao Superior Tribunal de Justiça contra o governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A acusação leva em conta os desdobramentos da Operação Acrônimo, que investiga esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas do PT, que tem Pimentel como um dos principais alvos. A Polícia Federal afirmou ao Superior Tribunal de Justiça que já reuniu elementos que indicam que o governador de Minas Gerais "coordenou e integrou" um esquema criminoso que utilizava a máquina pública. A Polícia Federal aponta que Fernando Pimentel recebeu propina por meio do empresário Bené para favorecer a montadora Caoa. O governador petista poderá sofrer impeachment na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. As suspeitas levam em consideração indícios de que as empresas Bridge e BRO receberam recursos de organizações suspeitas de serem beneficiadas por atos de Fernando Pimentel enquanto ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, no governo da ex-terrorista e petista Dilma Rousseff, antes de disputar a eleição para o governo mineiro. As empresas de consultoria Bridge e BRO são ligadas a Benedito de Oliveira Neto, o Bené, acusado de ser operador de recursos para o governador de Minas Gerais e que está preso desde o mês passado e negocia delação premiada com a Procuradoria Geral da República. O caso envolve a montadora Caoa. Investigadores encontraram indícios de que os contratos da empresa com a montadora não serviram para consultoria, mas para lobby por benefícios no ministério. Em 2012, o Ministério da  Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior lançou o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar Auto), com previsão de crédito presumido. Quando jovem, Fernando Pimentel foi um terrorista, membro da organização comunista terrorista VPR, grupo que tentou sequestrar e assassinar o cônsul americano Curtis Cutter em Porto Alegre, na rua Mostardeiro. Foi no dia 4 de abril de 1970. Baleado, o diplomata americano atirou a enorme caminhonete wagon que dirigiu sobre a fusqueta utilizada pelos macunaímicos terroristas sequestradores, atropelando justamente Fernando Pimentel, que foi preso pouco tempo depois. Desde aquela época ele mantém ligações com Dilma Roussef, que na mesma ocasião militava no terrorismo comunista com Carlos Lamarca. Agora, como Dilma, ele corre risco de voltar para a cadeia, só que desta vez como político preso, como bandido ordinário, ladrão de dinheiro público.

Nenhum comentário: