segunda-feira, 2 de maio de 2016

No 1º de Maio, e de saída do governo, a petista Dilma oficializa reajuste de 9% no Bolsa Família e deixa gasto para ser pago por Temer



Às vésperas da votação no Senado que pode sacramentar o seu afastamento do governo, a presidente petista Dilma Rousseff anunciou neste domingo, 1º de maio, o reajuste de 9% para os beneficiários do Bolsa Família - o aumento entrará em vigor ainda em 2016. No evento da Central Única dos Trabalhadores, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a presidente anunciou também correção de 5% da tabela do Imposto de Renda para o próximo ano, a contratação de, no mínimo, 25 mil moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e a extensão da licença-paternidade de cinco para 20 dias aos funcionários públicos federais. Ela criou uma montanha de gastos para serem pagos pelo governo Temer, justamente quando o Estado brasileiro faliu, está quebrado. Com o "pacote de bondades", Dilma busca deixar uma impressão positiva antes de seu afastamento da presidência, além promover um pretenso contraponto ao vice Michel Temer, a quem a petista acusa de planejar cortes nos programas sociais - uma alegação negada pelo peemedebista. As medidas foram acertadas pela presidente em reunião no sábado com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no Palácio do Alvorada. Vestida de vermelho, Dilma falou por cerca de 30 minutos no palanque montado pela CUT no Anhangabaú. O poderoso chefão e ex-presidente Lula também era esperado no evento, mas, alegando que estava rouco, não compareceu. A presidente repetiu o discurso de que é vítima de um "golpe" e de que não existe crime de responsabilidade contra ela. Dilma também retomou o terrorismo eleitoral ao acusar seus adversários de tentar encerrar programas sociais. "Eles vão acabar com o Bolsa Família para 36 milhões de pessoas", bradou a presidente. Sobre os reajustes anunciados, a presidente afirmou que eles já estavam "previstos" no Orçamento. "Quero lembrar que essa proposta de reajuste do programa Bolsa Família não nasceu hoje. Elas estavam previstas quando enviamos o Orçamento em agosto de 2015 para o Congresso. Essa proposta foi aprovada pelo Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas que garantam a receita para este ano e viabilizar tudo isso sem comprometer o cenário fiscal", disse a petista.

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