sábado, 14 de maio de 2016

Na saideira, Aragão coloca o responsável pela Operação Acrônimo à disposição de seu investigado Fernando Pimentel


Há coisas que só têm chance de acontecer em um regime petralha. Uma das últimas medidas do breve Eugênio Aragão no Ministério da Justiça foi colocar o superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, Sergio Menezes, à disposição do governo de Fernando Pimentel — que é alvo de um processo no Superior Tribunal de Justiça aberto a partir de uma operação da própria Polícia Federal, a Acrônimo. A manobra, vista pela Polícia Federal como uma tentativa de melar a Operação Acrônimo, vinha sendo tentada por Aragão há meses, mas o diretor-geral da instituição, Leandro Daiello, se recusava a endossá-la. Na saideira, Aragão colocou o superintendente de Minas Gerais à disposição de Fernando Pimentel à revelia de Daiello. A questão agora é saber se Menezes vai aceitar ocupar algum cargo no governo do petista, cuja investigação comandava até aqui. Ou se o ato vai ser convalidado pelo governo de Michel Temer. 

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