terça-feira, 10 de maio de 2016

Aconselhada por Lula, Dilma desiste de descer rampa do Planalto


A presidente Dilma Rousseff desistiu de descer a rampa principal do Palácio do Planalto na quinta-feira (12), dia em que deve começar a cumprir um afastamento do cargo por até 180 dias. Dilma foi aconselhada pelo poderoso chefão e ex-presidente Lula a não dar um caráter de "fim de governo" para o dia em que deixará o gabinete presidencial, e sair do Palácio do Planalto pela entrada principal, no térreo. A idéia inicial da presidente era descer a rampa acompanhada de ministros e auxiliares. O próprio Lula havia sido sondado por ministros para participar da espécie de cerimônia simbólica da quinta-feira (12), mas deu indícios de que não gostaria de aparecer dessa forma. Após sair pela porta da frente do Planalto, Dilma deve cumprimentar a claque de militantes do PT e de movimentos sociais que estará em frente ao prédio, entrar no seu carro de uso diário, e sair em comboio em direção ao Palácio da Alvorada. Entre os petistas, há ainda quem defenda que Dilma participe da caminhada que os militantes farão do Planalto até o Alvorada, mas a presidente sinalizou a aliados que prefere não acompanhar a marcha. Dilma chegou a combinar com João Pedro Stédile, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que faria o percurso de quase 5 km caminhando, mas ficou reticente devido ao número de pessoas esperadas para o ato. Os movimentos sociais e a cúpula do PT esperam reunir cerca de 10 mil pessoas em frente ao Planalto no dia em que Dilma vai deixar o prédio. Está marcada para esta quarta-feira (11) a votação do impeachment no plenário do Senado. Caso seja aprovado, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias e começará então o julgamento da presidente que resultará em seu impedimento ou não de continuar no comando do Planalto. O poderoso chefão e ex-presidente chegou a Brasília nesta terça-feira (10) para acompanhar o dia da votação. Recebeu no hotel em que se hospeda na capital o ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência) e senadores petistas, como Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e Lindbergh Farias (RJ). 

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