quinta-feira, 21 de abril de 2016

Presidente do FNDE revela negociata por votos contra o impeachment


Nada de escolha técnica. Nada de profissional com histórico invejável e gabaritado para o cargo. Nada de proximidade, amizade ou confiança da presidente Dilma Rousseff (PT). Durante o ato no qual o PROS declarou apoio à reeleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), na última segunda-feira (18), o ex-deputado federal Gastão Vieira deslizou e acabou soltando que recebeu a presidência do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) em troca de votos de seu partido contra o impeachment da presidente Dilma, autorizado pela Câmara dos Deputados no domingo 17. “A presidente tem todo direito de me demitir. Foi feito um acordo. E quando eu vi a votação, o líder do meu partido foi o primeiro a votar contra o governo. Depois continuaram os demais”, disse Gastão, fazendo ar de indignado para ser mantido no emprego pela petista. Segundo revelou, o acordo pela sinecura era para que a bancada do PROS na Câmara, composta por seis deputados, votasse unânime contra o impedimento da presidente. Contudo, durante a votação, quatro parlamentares da sigla votação pelo afastamento de Dilma. “Partido tem que ter posição e comando. Acordos são feitos para serem cumpridos”, reclamou. A reclamação de Gastão Vieira é explicável. O FNDE é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que repassa recursos constitucionais, automáticos e voluntários aos Estados, municípios e Distrito Federal para execução de programas relacionados a alimentação escolar, livro didático, transporte escolar e escolas de educação infantil, além da responsabilidade pela gestão do Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies. O orçamento do órgão para 2016 é de aproximadamente R$ 30 bilhões.

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