quarta-feira, 6 de abril de 2016

PP, a Arena atual, partido do Mensalão e do Petrolão, fica na base governista até votação do impeachment na Câmara


O presidente nacional do PP, a Arena atual, partido do Mensalão e do Petrolão, o senador Ciro Nogueira (PI), anunciou nesta quarta-feira que a legenda, que tem 48 deputados e seis senadores, permanecerá na base aliada do governo Dilma Rousseff pelo menos até o final da votação do processo de impeachment da petista na Câmara dos Deputados. A decisão foi oficializada depois que dissidentes do partido não conseguiram apoio suficiente para forçar o partido a abandonar o grupo de siglas que dão sustentação ao Palácio do Planalto. Entre os pepistas, partido fartamente representado nas investigações do Mensalão e agora da Operação Lava Jato, 24 deputados e senadores haviam assinado pedido para rompimento com o governo, mas um levantamento preliminar da agremiação chegou ao veredicto de que dos 57 votantes em uma eventual reunião do diretório, mais de 40 deles queriam ficar no governo. Com o panorama amplamente favorável à manutenção da legenda na base governista, a avaliação foi de que não era mais necessário levar o desembarque do governo à votação. Todo o País sabe porque esses dedicados servidores do bem público querem ficar no poder, eles gostam muito do povo. É isso. "Se os dissidentes tivessem número para desembarcar, teria a reunião, mas nunca houve maioria. O PP fica na base até o final da votação do impeachment", disse Ciro Nogueira, ele próprio um dos alvos de inquérito na Lava Jato. No leilão do espólio do PMDB, que abriu a fila de partidos que decidiram abandonar o governo, o Palácio do Planalto chegou a oferecer ao PP os ministérios da Saúde ou da Educação, mas pressões de peemedebistas que insistem em permanecer no governo levaram à retirada da oferta da pasta da Saúde. A presença do ministro Marcelo Castro (PMDB) no cargo é avaliada como uma possibilidade de transferência de votos na Câmara contrários ao impeachment da Dilma. Entre o PP, a própria direção do partido contabiliza defecções certas nas bancadas do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, favoráveis ao desembarque do governo. Com a decisão da presidente de anunciar a nova reforma ministerial somente após a votação do impeachment na Câmara, partidos como o PR e o próprio PP tendem a aumentar o "preço" de seus votos contra a deposição de Dilma. Traições nas siglas também são consideradas prováveis. "Não vou negar que o PP tem uma grande parcela que vota pelo impeachment", admitiu o presidente do partido. 

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