sexta-feira, 15 de abril de 2016

Petista Gilberto Carvalho é chamado de "ladrão" ao visitar Lula em hotel

O ex-ministro petista Gilberto Carvalho foi hostilizado por manifestantes na manhã desta sexta-feira (15) ao chegar ao hotel Royal Tulip, em Brasília, para encontrar o poderoso chefão e ex-presidente Lula, que está hospedado no local. Gilberto Carvalho chegou ao hotel no mesmo horário em que um grupo de cerca de dez manifestantes de Curitiba e São Paulo, dos movimentos Mais Brasil Eu Acredito e nas ruas, também chegava, mas para se hospedar no local. Foi, então, abordado por eles na entrada. "Tem orgulho dos seus companheiros presos?", questiona a manifestante Claudia Zambelli, do movimento nas ruas. Gilberto Carvalho responde: "Não, eu tenho orgulho de não ser ladrão e de que a imensa maioria dos nossos companheiros não são ladrões. Os que roubaram estão presos". Ao ser interrompido, Gilberto Carvalho tenta encerrar a conversa dizendo respeitar a opinião deles: "Eu sou ladrão?", pergunta. A manifestante responde: "O senhor é. E o senhor vai ser preso também". O ex-ministro continua tentando debater, mas encerra dizendo que "vocês são governados pelo (vice-presidente Michel) Temer e pelo (presidente da Câmara Eduardo) Cunha". Ambos foram criticados pela presidente Dilma Rousseff nessa semana como "conspiradores". Após a conversa que durou pouco mais de um minuto, Gilberto Carvalho entrou no hotel e foi em direção ao elevador, para ir ao encontro de Lula. Negou que o quadro político esteja difícil para o governo apesar da debandada de diversos partidos da base aliada. "Essa debandada era coisa esperada por nós. O importante é que os partidos não fecharam questão", disse ele. Os manifestantes, que vieram de fora para os protestos se hospedar em um dos hotéis mais caros de Brasília, o Royal Tulip, cujas diárias são superiores a R$ 300,00 afirmam que quiseram ficar no local justamente para estarem próximos de Lula e seus aliados. "A idéia de ficar nesse hotel foi para a gente estar em contato com eles", afirmou Rafaela Pilagallo, do movimento Mais Brasil Eu Acredito, que se declara ser da "República de Curitiba". Rafaela ressalta que o movimento é pacífico e que, ao ficar no hotel, a intenção é ter a chance de debater com aliados da petista sobre as razões de seu impeachment. "Não somos contra diálogo e podemos até reverter alguns votos contra o impeachment", disse. Os manifestantes vieram para participar dos protestos deste fim de semana em Brasília e, por isso, devem ficar até segunda-feira (18).

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