sexta-feira, 29 de abril de 2016

Michel Temer formaliza convite a José Serra para o Ministério das Relações Exteriores


Com a resistência do senador José Serra (PSDB-SP) em aceitar o Ministério da Educação, o vice-presidente, Michel Temer, negociou com o tucano, na madrugada desta quinta-feira, para que ele comande o Ministério das Relações Exteriores. Como chanceler, Serra poderia usar sua formação na área econômica para reestruturar o Departamento de Comércio Exterior, hoje vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que seria incorporado ao Itamaraty. A pasta do Desenvolvimento é uma das que Temer, deve extinguir. A missão de Serra seria retomar parcerias comerciais que ficaram paralisadas nos governo do PT. Serra trabalhava com a possibilidade de ser nomeado chefe da equipe econômica, como ministro da Fazenda, mas o cargo deverá ser ocupado pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mas se o senador for o chanceler de Temer, isso será discutido com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), que passou o dia em São Paulo em reuniões com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Fernando Henrique disse hoje que um governo Temer não pode “ter a cara” de nenhum partido e deve aceitar quem quiser ajudá-lo na atual “emergência nacional”: "O PSDB, a meu ver, não deve se negar a participar de um novo governo. Mas tem que ver para fazer o quê. Não será um governo do PSDB. A meu ver, não pode ser governo de nenhum partido, não pode ter a cara de nenhum partido. Vou chamar de um governo de emergência nacional. Quem vai se negar a ajudar o país numa emergência?" Aécio Neves afirmou que o documento que o PSDB deve apresentar a Temer na próxima semana tem “condições mínimas” para o país sair de situações econômicas e sociais “desesperadoras”.

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