quarta-feira, 13 de abril de 2016

MBL vai ao STF por impeachment de Marco Aurélio e cita ministro



O MBL (Movimento Brasil Livre) recorreu nesta terça-feira (13) para que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine ao Senado que dê prosseguimento ao processo de impeachment do ministro Marco Aurélio Mello. Segundo a ação, não cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fazer análise de mérito para dar início ao processo de impedimento. O movimento cita inclusive decisão de Marco Aurélio que recentemente determinou que a Câmara comece a analisar o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer também por entender que não era atribuição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliar o mérito do pedido de impedimento de Temer. "Nestes moldes, observando-se a forma da disposição legal retro e, tomando por base a recente jurisprudência, que abaixo é colacionada, não cabe ao presidente do Senado, ora Impetrado o juízo de valor sobre o recebimento, ou não, da representação por crime de responsabilidade apresentada", diz o texto do advogado Rubens Alberto Gatti Nunes. Na semana passada, Renan arquivou pedido de impeachment do ministro do STF protocolado pelo Movimento Brasil Livre, que defende a saída da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista comunicou sua decisão ao plenário nesta noite e, durante sua fala, teceu críticas veladas à decisão do ministro que determinou à Câmara dos Deputados dar seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente. "Não podemos ser levianos com a democracia, não podemos menosprezar ou subestimar a importância da separação dos Poderes da República. É hora mais do que nunca de o Poder Legislativo ser Poder Legislativo, o Poder Judiciário atuar como Poder Judiciário e o Poder Executivo se portar como Executivo. Cada um exercendo e se limitando a sua competência. A interferência de um poder no outro é o maior desserviço que se pode fazer à República", disse. Apesar das críticas, Renan afirmou que o ministro não cometeu crime de responsabilidade, como alegado pelo MBL. Para o grupo, Marco Aurélio passou por cima da separação dos três Poderes da República ao intervir em um ato do presidente da Câmara, que havia arquivado o processo contra Temer. O presidente do Senado também informou que o representante do MBL, Rubens Nunes, que foi quem protocolou o pedido, não anexou à denúncia todos os seus documentos pessoais exigidos.

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