quarta-feira, 13 de abril de 2016

Deputada obtém liminar para proteger fazenda de invasão do MST



A deputada federal Tereza Cristina (PSB-MS) obteve na Justiça nesta segunda-feira (11) decisão liminar para proteger duas fazendas dela na cidade de Terenos (MS) de invasão por membro da organização terrorista clandestina MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). Cristina é sub-relatora da CPI da Funai/Incra na Câmara e se disse ameaçada após convocar para depor o secretário da Contag (Confederação Nacional da Agricultura), Aristides dos Santos. Segundo ela, o integrante da confederação ameaçou de invasão, em evento no Palácio do Planalto, parlamentares que votassem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), também estaria sob a ameaça de ter propriedades invadida por apoiar o impedimento da presidente. O juiz da vara de Terenos, Valter Tadeu Carvalho, considerou que um acampamento montado pelo MST às margens da BR-262/MS, próximo às fazendas Santa Cristina e Santa Eliza, de propriedade da deputada, seria motivo suficiente para dar a medida preventiva que prevê multa diária de R$ 10 mil em caso de invasão, sem prejuízo a outra medidas necessárias, além de autorizar o uso da força policial para retirá-los. A deputada conta que os integrantes do MST chegaram neste fim de semana e montaram as barracas de lona numa área insegura às margens da via. Segundo ela, a fazenda tem pouco mais de 2 mil hectares, é produtiva (está no momento com uma plantação de milho) e não pode ser considerada um latifúndio, o que a coloca fora dos critérios para desapropriação para Reforma Agrária. Para a parlamentar, não há dúvida de que é uma tentativa de invasão para intimidá-la após a convocação do líder da Contag, já que há dezenas de fazendas improdutivas na região que poderiam ser desapropriadas pelo Incra para assentamento. "Queria que ele se explicasse. Se passar o impeachment, vão incendiar o campo?", reclamou a deputada. Cristina afirmou que a pressão também está ocorrendo pelo fato dos desvios apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no Incra em relação ao programa da Reforma Agrária, o que o Incra nega, serem investigados pela comissão. Ela diz que, mesmo com a ameaça, não mudará seu voto. "Sinto-me muito firme. Não mudo minha opinião por nada. Mas isso que está ocorrendo é um desrespeito à Constituição. É uma ameaça", classificou Cristina. 

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