quarta-feira, 27 de abril de 2016

Contra o impeachment, MST bloqueia rodovias e promove invasões em oito Estados

A organização terrorista clandestina Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) iniciou nesta terça-feira uma série de atos contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso. As ações envolveram bloqueios em rodovias, passeatas e invasões de terra em oito Estados - Minas Gerais, Paraíba, Mato Grosso, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Segundo o movimento, 350 terroristas participaram de uma invasão à fazenda Tio Faustino, de 600 hectares, na cidade de Eldorado Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. Eles alegam que o lugar estava abandonado há oito anos. Enquanto os terroristas se mobilizavam pelo País, o coordenador do MST, João Pedro Stédile, se reunia com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pressioná-lo a impedir o prosseguimento do processo de afastamento de Dilma no Senado. Também participaram do encontro lideranças filopetistas ligados ao governo, como a CUT e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Na reunião, Stédile entregou a Renan um volume de manifestos assinados por cerca de 300 instituições contrárias ao que chamam de "golpe". No encontro, os militantes lembraram o caso do presidente norte-americano Bill Clinton, que sofreu um processo de impeachment na Câmara, mas foi absolvido pelo Senado, em 1999. O caso, no entanto, em nada lembra o da presidente Dilma Rousseff. Clinton foi processado por falso testemunho após negar ter mantido relações sexuais com uma estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky. Num agrado aos grupos, Renan disse que o Congresso brasileiro já cometeu alguns "equívocos" na história, citando a cassação do mandato do comunista Luiz Carlos Prestes, nos anos 1940, e de João Goulart, após o golpe militar de 1964. "Toda vez que o Senado se apressou a tomar decisões, de uma forma ou de outra, tivemos que fazer a revisão da própria história", disse. Ele também afirmou que vai avaliar a possibilidade de liberar aos movimentos o acesso às galerias do Senado no dia da votação do veredito sobre o afastamento de Dilma. Na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vetou a presença de militantes. No fim do encontro, Renan disse que vai cooperar com Michel Temer assim como colaborou com Dilma, caso o vice assuma a Presidência. "Se for o caso de nós termos um governo temporário, eu terei a mesma relação que tive com a presidente Dilma, de independência, mas colaboração com aquilo que representa o interesse nacional", disse.

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