segunda-feira, 14 de março de 2016

Pimenta da Veiga vira réu por lavagem de dinheiro



A Justiça Federal aceitou denúncia por lavagem de dinheiro contra o ex-deputado federal Pimenta da Veiga, um dos fundadores do PSDB em Minas Gerais e candidato derrotado ao governo mineiro em 2014. Em 2003, quando exercia mandato na Câmara, ele teria recebido recursos de origem não comprovada repassados por agências de publicidade do empresário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão no julgamento do mensalão. Em caso de condenação, a pena ao tucano pode variar de três a dez anos de prisão. Motivada por descobertas feitas durante as investigações que resultaram na ação penal do mensalão, a denúncia havia sido apresentada pelo Ministério Público Federal. Como Pimenta da Veiga não tem foro privilegiado, o caso foi desmembrado e tramita agora na Justiça Federal em Minas Gerais. Segundo o Ministério Público Federal, o então deputado federal recebeu 300.000 reais das agências de publicidade SMP&B Comunicação Ltda e DNA Propaganda Ltda, das quais eram sócios Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. O dinheiro foi dividido em quatro repasses nos meses de abril e maio de 2003. A denúncia considera que os recursos eram provenientes de empréstimos fraudulentos tomados junto aos bancos do Brasil, Rural e BMG, além de pagamentos efetuados pelo Banco Rural por serviços supostamente prestados pelas agências. Durante depoimento em 2006, Pimenta da Veiga alegou que os recursos eram pagamentos por consultoria empresarial realizada para as empresas de Marcos Valério. À época, ele afirmou não ter cópias dos pareceres escritos porque as consultorias eram verbais. Também não apresentou nenhum contrato formal sobre a prestação dos serviços. 

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