quarta-feira, 16 de março de 2016

Petista Jaques Wagner diz agora que "Dilma não teve intenção de obstruir Justiça"

O novo chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, criticou nesta quarta-feira (16) a divulgação do conteúdo de telefonemas dele e da presidente Dilma Rousseff com o poderoso chefão Lula. Em nota, o ministro afirma que os vazamentos de conversa com a petista "extrapolou os limites e a segurança dela". Segundo ele, os diálogos estão sendo interpretados "fora do contexto" para criar um "fato politico negativo". "A presidenta não teve nenhuma intenção de obstruir a Justiça, apenas enviou o termo de posse para o novo ministro", disse. Na gravação, Dilma diz a Lula que encaminhará a ele o "termo de posse" de ministro. Ela acrescenta que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade". Os investigadores da Operação Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. No diálogo com Wagner, Lula indica que queria uma atuação da presidente e do ministro junto à ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, no momento em que a magistrada estava para decidir sobre o curso das investigações contra o petista. Na nota, a assessoria do chefe de gabinete afirmou que o ministro "não teve oportunidade" da falar do assunto com a presidente, uma vez que havia terminado encontro com ela. "Achei uma arbitrariedade. Não se pode violar e interceptar o telefone da presidenta", disse.

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