sexta-feira, 11 de março de 2016

Lava Jato investiga bens da família de Lula guardados no Banco do Brasil



Despacho assinado nesta sexta-feira (11) pelo juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, determina a intimação do chefão Lula sobre uma operação de busca de bens depositados numa agência do Banco do Brasil. A busca foi autorizada pelo juiz na terça-feira (8) a pedido do Ministério Público depois que um documento apreendido na casa do petista apontou que 23 "caixas lacradas" estariam guardadas numa agência do BB na rua Libero Badaró, em São Paulo. A guarda do material, de acordo com os autos, seria feita pela mulher de Lula, a galega italiana Marisa Letícia, e Fábio Luis Lula da Silva, filho do casal. Na decisão que autorizou o recolhimento do material, o juiz pede que sejam coletadas informações sobre quem pagou pelo armazenamento e como isso foi feito. Tanto a decisão de terça-feira, que deu aval à busca, quanto a desta sexta-feira, que pede que Lula seja intimado sobre essa ação, não informam do que se trata esse material guardado na agência bancária. Moro deu cinco dias para o ex-presidente atender a um pedido do Ministério Público Federal sobre o caso - o magistrado, porém, não revela o teor dessa solicitação. "Não cabe, nessa fase, qualquer conclusão deste juízo acerca do resultado da busca", diz o juiz. No despacho de busca e apreensão no Banco do Brasil, Moro destaca que parte da mudança do ex-presidente, de Brasília para São Paulo, estava depositada com terceiros. Ele lembra que a OAS, empreiteira investigada pela Lava Jato, teria sido uma das responsáveis por custear esse armazenamento. De acordo com as investigações, a OAS pagou R$ 1,3 milhão para guardar parte do acervo de Lula na empresa Granero, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016.

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