quinta-feira, 10 de março de 2016

Defesa de João Santana pede que investigação suba para STF


A defesa do marqueteiro petista João Santana, preso no último dia 23 em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, protocolou reclamação no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação da prisão e a transferência da sua investigação para o Supremo. Os advogados Fábio Tofic Simantob e Maria Jamile José argumentam que as investigações são sobre possíveis crimes eleitorais ligados à campanha da presidente Dilma Rousseff e que, portanto, a competência seria do STF, já que ela tem foro privilegiado. A reclamação foi protocolada na quarta-feira (9) junto ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Santana e sua mulher Mônica Moura foram presos porque foram encontrados repasses da Odebrecht e do lobista Zwi Skornick, que atuava na Petrobras, para contas secretas deles no exterior. A suspeita é que sejam recursos desviados da Petrobras e que haja relação com caixa dois de campanhas eleitorais. "Assim, estando os fatos dos autos umbilicalmente relacionados ao processo eleitoral, e sendo os delitos eleitorais e comuns sub judice inegavelmente conexos, conclui-se, sem qualquer margem para dúvida, que o presente feito deve ser processado e julgado, em sua integralidade, perante esta E. Corte Suprema", argumentaram os advogados. Com esse argumento de que estaria fora da competência do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, os advogados pedem que seja suspensa a decisão de prisão do publicitário, além da suspensão dos procedimentos que correm contra ele em Curitiba. Anteriormente, porém, a defesa tem negado que Santana tenha recebido, via caixa dois, valores referentes a campanhas eleitorais no Brasil. Sustenta que todos os pagamentos foram de campanhas feitas no Exterior.

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