terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Pier Mauá bate recorde e tem dia com 9 transatlânticos atracados


O dia foi de recorde no domingo no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, onde podiam ser vistos nove navios atracados simultaneamente. Antes, o máximo a que se chegou foram oito embarcações. Outro número inédito foi o de transatlânticos que passaram a noite de domingo para segunda-feira no local: oito, contra seis em outras temporadas. Até o fim da tarde desta segunda-feira, mais três transatlânticos eram esperados, totalizando 11, dos quais desembarcaram cerca de de 80 mil turistas. Quem chegou no sábado se deparou com os mesmos problemas que turistas já vêm enfrentando nos últimos tempos, como escassez de táxis e a necessidade de caminhar por uma passagem improvisada em meio às obras do VLT. “Aqui é perto do Leblon?”, “Onde tem estação de metrô?”, “Para que lado fica a Lapa?” eram frases comuns entre os visitantes. Alguns reclamavam, outros não. Neste último caso, estavam os músicos quenianos, Mike Kdionge e Jacob Jochome. Pela primeira vez no Brasil, eles vieram no espírito de conhecer a cultura da região do Pier Mauá e disseram que se sentiram bem orientados. Já o radialista Adir Leski, que esteve outras vezes no Rio de Janeiro, reclamou da falta de táxis: "A mobilidade está bem ruim. Na última vez em que estive aqui, havia uma fila de táxis. Agora, não tem nenhum. Vamos ter que andar cerca de três quarteirões para tentar conseguir um". Alguns turistas, assim que deixavam o Pier Mauá, começavam a tirar fotos do Museu do Amanhã, do Museu de Arte do Rio de Janeiro e também dos foliões do Cordão do Boi Tolo. A previsão é que, neste carnaval, passem pelo Pier Mauá 130 mil pessoas, enquanto no ano passado foram 70 mil — ou seja, a estimativa é que haja um aumento de 85%. Esses passageiros devem injetar na economia da cidade, de acordo com Alexandre Gomes, gerente de Operações do Pier Mauá, cerca de US$ 4 milhões. É gente como a estudante alemã Alice Miller, que visita a cidade pela primeira vez. A princípio, a agitação do carnaval a deixou um pouco apreensiva. Mas Alice logo começou a se sentir em casa: "Não estou acostumada a ver tanta gente pelas ruas, mas é muito legal". Também estreando em terras cariocas, as paranaenses Giovana Vilas Boas, Viviane Deus e Daniele Hossaka disseram que só estavam preocupadas com a dengue, o vírus zika e o chikungunha. Nada, no entanto, que as impeça de aproveitar a estada no Rio de Janeiro. A Riotur estima que o número de turistas na cidade para o carnaval atinja 1,026 milhão, contra 977 mil registrados no ano passado — um acréscimo de 5%, em plena recessão. Eles devem movimentar cerca R$ 3 bilhões na economia da capital. Nos hotéis, a estimativa é que o número de estrangeiros hospedados passe dos 30% para os 45%. Quem faz o cálculo é a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ). Presidente da entidade, Alfredo Lopes disse que a média de ocupação dos quartos deve se manter este ano — com a diferença de que a cidade, em relação ao mesmo período de 2015, ganhou cinco mil unidades. Pela última pesquisa da ABIH, divulgada semana passada, a ocupação nos hotéis estaria em 82,2%, podendo chegar a 85%. 

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