terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Michael Bloomberg admite candidatura à Presidência dos Estados Unidos




Michael Bloomberg, o bilionário que por três mandatos consecutivos foi prefeito de Nova Iorque, disse ao Financial Times que está considerando se lançar candidato à presidência dos Estados Unidos. Em uma entrevista ao jornal londrino, Bloomberg criticou a qualidade do debate que está sendo travado entre os candidatos atuais, incluindo uma radicalização da política norte-americana, como apontamos aqui semana passada. Perguntado se ele mesmo se candidataria, Bloomberg disse ao FT que está “considerando todas as opções". "Eu considero o nível do discurso e da discussão assustadoramente banal, um ultraje e um insulto aos eleitores", disse Bloomberg, que se apresentaria aos eleitores como um candidato independente, não afiliado a nenhum dos dois grandes partidos americanos. A possibilidade de uma candidatura Bloomberg foi aventada pela primeira vez pelo jornal The New York Times no final de janeiro, mas esta é a primeira vez que o próprio Bloomberg a admite. Bloomberg, que deixou um emprego na Salomon Brothers nos anos 80 para fundar o que se tornou a maior empresa de informações financeiras do mundo — a Bloomberg LP — tem um patrimônio pessoal de cerca de 40 bilhões de dólares, o que o coloca entre as 10 maiores fortunas do mundo. Um Democrata por toda a vida, até se candidatar à Prefeitura de Nova Iorque como um Republicano, em 2001, Bloomberg é conhecido por sua postura a favor de um maior controle governamental na posse de armas, equidade para as mulheres no mercado de trabalho e medidas para lidar com as mudanças no clima global, temas que o aproximam mais de um Democrata do que de um Republicano. E também é um grande amigo de Israel. Em agosto do ano passado, até Rupert Murdoch, cuja Fox News é um esteio do Partido Republicano, encorajou Bloomberg a se candidatar. Bloomberg disse em uma entrevista recente ao The New York Times que, dos candidatos atuais, “apenas Hillary Clinton e Jeb Bush sabem como fazer os trens funcionar". Uma vitória de Bloomberg seria positiva para a credibilidade dos Estados Unidos, tanto do ponto de vista dos gastos públicos quanto do ambiente de negócios. Seria também mais um fator contribuindo para a valorização do dólar contra as outras moedas.

Nenhum comentário: