quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Lava Jato pedirá renovação de prisão de marqueteiro do PT


Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato deverão apresentar nesta sexta-feira (26) um pedido de renovação, por mais cinco dias, da prisão temporária do marqueteiro João Santana e da mulher dele, Mônica Moura. O prazo da prisão dos dois, que viajaram da República Dominicana para se entregar no Brasil na última terça, vence no sábado (27). O criminalista Fábio Tofic, que defende o casal, ingressou com um pedido para que ambos sejam libertados por estarem colaborando com as investigações. João Santana foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e está sendo investigado por suspeita de ter recebido dinheiro de empreiteiras que corromperam políticos e executivos da Petrobras. Logo após receber o pedido da defesa pela liberdade do publicitário, o juiz Sergio Moro intimou o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para que se manifestassem sobre a libertação do casal. O prazo vence nesta sexta-feira (26). Enquanto a Procuradoria ainda elabora a peça requerendo a prorrogação da prisão temporária, a Polícia Federal pedirá que o publicitário e a mulher sejam mantidos presos por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. O fundamento da manifestação do delegado Luciano Flores, um dos integrantes da operação, é que Santana e a mulher sonegaram computadores pessoais e telefones celulares para atrapalhar as investigações. Santana e a Mônica faziam campanha para o presidente dominicano, Danilo Medina, até a segunda-feira (22), quando foi deflagrada a fase Acarajé da Operação Lava Jato. O casal recebeu, em uma conta secreta na Suíça, US$ 4,5 milhões de empresas offshores atribuídas à Odebrecht e do representante do estaleiro asiático Keppel Fels no Brasil, Zwi Skornicki. Mônica afirmou à Polícia Federal que os valores são pagamento de campanhas realizadas em Angola, Panamá e Venezuela. O casal nega que os pagamentos tenham relação com a campanha no Brasil. 

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