sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Em reunião do PT, Jaques Wagner cita existência de "movimento golpista"


Em reunião a portas fechadas com os integrantes do Diretório Nacional do PT, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) acusou nesta sexta-feira (26) a existência de um "movimento golpista" contra o que tratou como as três principais forças de seu campo político: o partido, o ex-presidente Lula e o governo de Dilma Rousseff. De acordo com relatos de participantes, o ministro fez uma comparação com o golpe militar de 1964 e sustentou que, hoje, está em curso um golpe mais "sutil", com apoio de setores da mídia e do Judiciário. A reunião do Diretório é parte das atividades de comemoração dos 36 anos do PT. O partido celebra a data em meio à tramitação das ações pela cassação de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral e à prisão do marqueteiro João Santana pela Operação Lava Jato. Há ainda investigações em curso que apuram suspeitas de que Lula tenha sido sido beneficiado por empreiteiras por meio de reformas em um triplex no Guarujá e em um sítio em Atibaia. Mais cedo, o partido aprovou resolução, que ainda poderia sofrer alterações, apontando "ameaça à legalidade" na Operação Lava Jato. Na reunião, Wager também foi questionado sobre a posição do governo sobre o projeto aprovado durante a semana no Senado que retirou a obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração do pré-sal. Segundo relatos, Wagner sustentou que o governo precisou mudar a posição por ter sido derrotado na votação anterior, sobre a possibilidade de adiar a decisão sobre o projeto, o que indicava que precisava ceder para evitar nova derrota.

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