quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Em discurso, Dilma diz que vírus da zika é uma ameaça real aos brasileiros

Em apelo para que a sociedade brasileira se engaje no enfrentamento ao vírus da zika, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o combate à microcefalia é uma "luta urgente" e que "deixou de ser um pesadelo distante para se transformar em ameaça real". "Este vírus, de presença recente no Brasil e na América Latina, deixou de ser um pesadelo distante para se transformar em ameaça real aos lares de todos os brasileiros", disse. A petista começou o discurso em cadeia nacional, exibido na noite desta nesta quarta-feira (3), explicando que não falaria de política ou economia, uma tentativa de vacina aos panelaços de que foi alvo nos últimos pronunciamentos de televisão e rádio. Na sequência, lembrou que ainda não existe vacina contra o zika vírus, cujo transmissor é o mosquito Aedes aegypti, e reconheceu que o combate a ele é complexo e exige o engajamento de toda a sociedade. "Não podemos admitir a derrota, porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar os criadouros", disse a petista, que reconheceu na semana passada que o país está perdendo "feio" a guerra contra o mosquito. A presidente detalhou iniciativas do governo federal de combate ao zika vírus, suspeito de causar a microcefalia, e informou que no dia 13 de fevereiro o Palácio do Planalto deflagrará operação com 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas para enfrentar o mosquito. "Faremos tudo, absolutamente tudo, que estiver ao nosso alcance para proteger (as mulheres grávidas). Faremos tudo, absolutamente tudo, para apoiar as crianças atingidas pela microcefalia e suas famílias", garantiu. Em leitura de mensagem na abertura do ano legislativo, na terça-feira (2), a presidente pediu ajuda ao Congresso Nacional no combate ao mosquito e prometeu que não faltarão recursos para enfrentar a doença. Na segunda-feira (1), a presidente enviou ao Congresso Nacional uma medida provisória que autoriza agentes de saúde a entrarem de maneira forçada em propriedades privadas abandonadas ou fechadas para combater focos do Aedes aegypti.

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