terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Decreto do governador comunista do Maranhão retira o nome de Sarney de sete escolas estaduais

Sete escolas estaduais do Maranhão batizadas em homenagem ao ex-presidente José Sarney tiveram os nomes alterados por um decreto assinado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). No total, o nome de 37 escolas que homenageavam pessoas vivas foram trocados por nomes de professores, políticos, religiosos e poetas que já morreram, como os ex-deputados João Evangelista e Júlio Monteles. A filha de Sarney, a ex-governadora Roseana Sarney, e mulher dele, Marly Sarney, também perderam as homenagens. O nome de Roseana batizava três escolas, e o de Marly, uma. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 14 de janeiro. Outro nome próximo ao clã Sarney, o do senador Edison Lobão, que é ex-governador do Estado e ex-ministro de Minas e Energia, foi retirado de quatro locais. Há um ano, quando assumiu o governo do Maranhão, Dino assinou um decreto que proibia que bens públicos do Estado recebessem o nome de pessoas vivas ou responsabilizadas por violações aos direitos humanos durante o regime militar. No caso das pessoas vivas, a medida não era retroativa, de modo que Sarney continuava a dar nome a pelo menos 160 escolas do Maranhão, além de bibliotecas e obras viárias em todo o Estado. Com o novo decreto, os nomes do ex-vice-governador do Maranhão e atual senador João Alberto de Souza, do ex-governador João Castelo, da ex-secretária de Educação, Leda Tajra, do ex-vice-presidente Marco Maciel e do ex-deputado federal Magno Bacelar também foram apagados da fachada de centros de ensino. O poeta maranhense e membro da Academia Brasileira de Letras, Ferreira Gullar, também deixou de ser homenageado. A medida promovida pelo governador está prevista na lei federal 6.454, de 1977, que proíbe a atribuição de nomes de pessoas vivas a bens públicos em todo o território nacional. No Diário Oficial, Flávio Dino justifica a decisão com base no artigo 64 da Constituição Estadual, que garante ao governador do Estado a competência de sancionar e fazer publicar as leis e expedir decretos para sua execução.

Um comentário:

Paulo Robson Ferreira disse...

Tirar o nome da família Sarney de qualquer logradouro público é acima de tudo um dever cívico. O Maranhão apesar de não ter um único milímetro quadrado dentro do polígono da seca tem o pior IDH dos estados brasileiros. É o estado que recebe a maior ajuda federal proporcionalmente ao que arrecada e, no entanto, tem quatro entre as dez piores cidades brasileiras nos índices que medem a qualidade de vida da população. Os nomes da "famiglia" Sarney deveriam todos ser retirados de qualquer estabelecimento público do estado e seus membros remetidos para Pedrinhas pois esse resultado que o estado apresenta, depois de mais de cinquenta anos governado por esse bando, é um sinal claríssimo que os Sarney não governaram pensando no povo.