sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Arábia Saudita não está preparada para cortar produção de petróleo



A Arábia Saudita "não está preparada" para cortar a produção de petróleo, afirmou o ministro de Relações Exteriores, Adel al-Jubeir. "Se outros produtores querem limitar ou concordar com um congelamento em termos de produção adicional, isso pode ter um impacto no mercado, mas a Arábia Saudita não está preparada para cortar a produção", disse al-Jubeir: "A questão do petróleo será determinada pela oferta e demanda e por forças do mercado. O reino da Arábia Saudita protegerá sua parcela de mercado e temos dito isso". A declaração ocorre em um momento em que se espera uma ação coordenada de membros e não membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para limitar a produção a níveis de janeiro, conforme proposta apresentada esta semana. A própria Arábia Saudita estava entre os que concordaram com o plano, desde que houvesse a adesão de outros produtores. Em Londres, o petróleo Brent, que subia mais de 2% pela manhã, passou a ter volatilidade, se revezando entre altas e baixas. Há pouco, perdia 1,10%, a US$ 34,12 o barril. Nos EUA, o WTI, que chegou a ter alta de 3% nesta sessão, era negociado em queda de 0,20%, a US$ 30,60. Os mercados aguardavam uma possivel adesão do Irã, após o ministro iraniano de Petróleo, Bijan Zanganeh, ter declarado que o país apoia a proposta de teto na produção. Contudo, o Irã não informou se iria aderir ao plano. Os produtores da Opep no Golfo — Qatar, Kuwait e Emirados Árabes —, assim como a Venezuela, disseram que se juntariam ao pacto, com o objetivo de combater um crescente excesso de oferta e ajudar os preços a se recuperarem de sua mínima em mais de uma década. Mas o Irã se colocou como o maior obstáculo ao primeiro acordo entre países da Opep e não membros desde 2001, uma vez que o país já afirmou que pretende elevar sua produção rapidamente nos próximos meses, procurando retomar a participação no mercado perdida após anos de sanções internacionais. 

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