domingo, 14 de fevereiro de 2016

ANS vê "risco" em operadora de planos de saúde gaúcha

Uma das maiores operadoras de planos de saúde do Estado do Rio Grande do Sul, com 190 mil beneficiários, o Centro Clínico Gaúcho passou a merecer cuidados especiais da reguladora do serviço no País. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu, no final de janeiro, instaurar o chamado regime de direção fiscal na empresa. A medida preventiva, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União, foi tomada ''considerando as anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde''. A situação não é considerada uma intervenção, mas um profissional é designado pela ANS para acompanhar por um ano um plano de correção a ser adotado pela empresa, em busca de recuperar o equilíbrio financeiro. Conforme a Associação Brasileira de Planos de Saúde, há ao menos 50 operadoras sob o mesmo regime no País. A entidade, que reúne as empresas do setor, observa ainda que, nos últimos cinco anos, o número de operadoras com atuação no Rio Grande do Sul caiu de 489 para 429, o que é um número altíssimo. As dificuldades financeiras estariam entre as razões que levaram ao desaparecimento ou absorção por companhias maiores. Um dos motivos alegados costuma ser excesso de exigências de cobertura pela agência reguladora. O caso recente mais rumoroso no país foi o da Unimed Paulistana, que passou por quatro regimes de direção fiscal desde 2009. Como não houve solução, no final de 2015, a ANS determinou a transferência dos 740 mil clientes a outros planos. Neste mês, teve decretada a liquidação extrajudicial.

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