sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Marin não entrega carta de fiança e pede prazo para propor alternativa, é quase certo que irá para uma cadeia comum em Manhattan


A defesa do cartola José Maria Marin enviou uma carta ao juiz Raymond Dearie, do Tribunal de Nova York, pedindo o prazo de 5 de fevereiro para a apresentação de uma alternativa à carta de fiança de US$ 2 milhões (R$ 8 milhões) pendente. "Falei com a promotoria americana (a acusação) e expliquei por que ainda não fomos capazes de obter a garantia. Estou trabalhando em uma proposta alternativa para completar o pacote de fiança, o qual eu apresentarei à promotoria", afirmou o advogado Charles Stillman no documento na quinta-feira (14). A carta de fiança não será entregue no prazo, esta sexta-feira (15). Se não houver flexibilidade por parte da acusação, bem como do juiz, Marin poderá voltar para a cadeia. O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente. Ele é o tipo do qual não se tem qualquer dúvida, apenas certezas. O réu já desembolsou US$ 1 milhão da fiança previsto no acordo e colocou o apartamento onde cumpre prisão domiciliar em Nova York como garantia. Ele custeia ainda a tornozeleira eletrônica, câmeras de vigilância em seuapartamento e segurança privada que o monitora permanentemente – este último item ao custo mensal de aproximadamente US$ 90 mil (R$ 350 mil), de acordo com serviços similares credenciados pela corte. A carta de fiança é uma espécie de empréstimo do banco, que assegura ao beneficiário que o valor será depositado mediante algumas condições. No caso de Marin, se ele fugir ou não respeitar o acordo com a Justiça, o banco que assinar sua carta de fiança pagaria os US$ 2 milhões. O custo anual da transação supera US$ 1 milhão.

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