terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Fundo de pensão do Banco do Brasil registrou deficit de R$ 13 bilhões em 2015



A Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fechou o ano passado com um deficit de R$ 13 bilhões pelo seu principal plano. O deficit se refere ao valor que faltava para o PB 1 (Plano de Benefícios 1) pagar todos os benefícios previstos até o seu último participante vivo nas próximas décadas. O resultado chama atenção por trata-se do maior plano de pensão do País. O PB 1 tem investimentos de R$ 159 bilhões (em setembro). São 23.981 participantes ativos e 92.122 recebendo benefícios (aposentados e pensionistas). Em 2014, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil teve um superávit acumulado de R$ 12,5 bilhões. Este resultado já indicava uma piora no desempenho. No ano anterior, o superávit foi de R$ 25 bilhões. O mau resultado de 2015 está relacionado ao desempenho das ações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e de títulos públicos prefixados. Estes papéis costumam perder valor em momentos de alta de juros. Segundo a fonte, o deficit estava em R$ 12,5 bilhões até 18 de dezembro do ano passado. Com o desempenho ruim do mercados nos últimos dias do ano, a expectativa é que o deficit tenha chegado a R$ 13 bilhões. Um dos maiores investimentos da Previ, por exemplo, são os papéis da mineradora Vale. O fundo de pensão tem 15,61% de participação direta e indireta na mineradora, segundo dados do site da Previ. Em 2015, a Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado no país. O tombo foi de R$ 45,9 bilhões, segundo cálculos da consultoria Economatica. A mineradora fechou o ano valendo R$ 61,6 bilhões. O próprio Banco do Brasil teve uma perda de 38% de valor de mercado em 2015. A Previ tem, naturalmente, uma participação elevada no banco: 10,38%, segundo ainda as informações do site do fundo. O resultado da Previ precisará ainda ser aprovado pelo Conselho Fiscal e Deliberativos ao longo das próximas semanas. 

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