domingo, 24 de janeiro de 2016

Deputados negam ligação com máfia da merenda


O deputado estadual de São Paulo, Luiz Gondim (SD), negou nesta sexta-feira ligação com a quadrilha acusada de fraude em contratação de merenda escolar no Estado. O grupo comandava a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar e atuava em pelo menos 22 prefeituras do Estado. Gondim foi citado em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil paulista na Operação Alba Branca, que investiga o esquema, e em depoimentos de presos. “Vou processar qualquer um que tenha citado ou vendido meu nome. Sou médico e deputado há cinco mandatos e não tenho nada com isso. Estou indignado, não conheço ninguém nessa cooperativa”, afirmou o deputado. Já o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB), também citado nas investigações, diz que esteve com representantes da Coaf há cerca de seis meses. Eles o teriam procurando pedindo que intermediasse um contato com a Cutrale para a venda de laranjas. Marquezelli diz que pediu para o contador da Cutrale receber os representantes da cooperativa, mas, depois disso, não sabe se o encontro ocorreu ou a negociação avançou. Ele negou qualquer ligação com o grupo e disse que colocou seus sigilos bancário e telefônico à disposição da Procuradoria da Câmara para investigação. Marquezelli afirmou que conhece Marcel Ferreira Julio, apontado como lobista e intermediador de propinas no esquema da merenda. “Já me encontrei com ele algumas vezes na Assembleia, mas sempre o tive na conta de um rapaz trabalhador. Nunca tratou comigo de propina", disse o petebista. Políticos que roubam em merenda escolar deveriam ter julgamentos sumários, públicos, com instrução em juízo, e cumprimento imediato da pena, com execução por enforcamento em praça pública, como no Irã. 

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