domingo, 24 de janeiro de 2016

Com novos impostos, pré-sal do Rio de Janeiro só seria viável com petróleo a US$ 80,00 o barril


O preço do petróleo está derretendo – não se fala em outra coisa. Mas o governo do Rio de Janeiro parece estar ignorando o noticiário. Com os dois novos impostos criados para a indústria petrolífera no Estado, a produção na camada pré-sal só se torna economicamente viável com o barril acima dos 80 dólares, mostra um estudo liderado pelo Grupo de Economia da Energia da UFRJ. Hoje, a cotação está um pouco acima dos 30 dólares. “É um preço que não é crível. Com esse valor, as empresas não vão investir”, pondera o professor Edmar Almeida. Sem as novas cobranças, hoje as empresas miram numa cotação entre 40 e 50 dólares no longo prazo para acomodar os custos de extração, impostos e conseguir uma taxa de retorno adequada. Ainda nas contas do professor, a TFPG, taxa de fiscalização da atividade de produção, de 2,71 reais para cada barril, deve trazer despesas de 1,8 bilhão de reais por ano para a indústria. O pior, contudo, é a extensão da cobrança de ICMS para o petróleo produzido no Estado, que pode aumentar os gastos das petroleiras em até 20 bilhões de reais por ano. A endividada Petrobras, não custa lembrar, é a principal afetada.

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