segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

CGU encontra indícios de fraude em 76 mil lotes da reforma agrária

Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou indícios de fraude em 76 mil lotes da reforma agrária distribuídos nos últimos 20 anos. O levantamento mostrou que enquanto trabalhadores rurais estão há quase uma década esperando um pedaço de terra, pessoas que não têm direito ao benefício, como um professor universitário, empresários, um assessor de deputado e autoridades públicas, usufruem destes lotes doados pelo governo federal. A pesquisa foi feita nos Estados de São Paulo, Acre, Tocantins e Pará e encontrou pessoas como o delegado federal aposentado Sérgio Paulo da Costa. Ele e a mulher são donos desde 1997 de uma destas terras destinadas a famílias que recebem até três salários mínimos. O mesmo acontece com Willians João da Silva e a esposa Elza Maria da Silva. O casal aparece na lista de assentados desde 2000, mesmo Willians tendo um salários de R$ 30 mil. Segundo o chefe de gabinete do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra), Luiz Rodrigues de Oliveira, comprovada a irregularidade, o Incra fará a retomada dos lotes irregulares para direcionar a quem precisa. O levantamento comprova, simplesmente, que todo o programa é essencialmente criminoso. 

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