quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

TRF4, Porto Alegre, mantém condenação de Cerveró por crime de lavagem de dinheiro


O TRF4, Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que tem sede em Porto Alegre, manteve a condenação do ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró. Ele cumprirá cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro. Cerveró foi condenado pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba em maio de 2015. Além da pena de reclusão, foi sentenciado ao pagamento de multa no valor de 750 salários mínimos, vigentes em abril de 2014. A sentença também determinou o confisco do imóvel. O processo foi desmembrado com relação à Raquetti, que reside no Exterior. A decisão foi unânime. O mandado de prisão já saiu. Conforme a denúncia, Cerveró e Oscar Algorta Raquetti, em 2009, ocultaram e dissimularam a origem e a propriedade de valores provenientes do crime de corrupção na Petrobras, mediante a aquisição de apartamento no Rio de Janeiro pela Jolmey do Brasil e simulação de contrato de aluguel. A empresa seria uma subsidiária da Jolmey S/A, de Montevidéu, administrada por Raquett. Em seu voto, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processo da Lava Jato no TRF4, entendeu que deve ser mantida a condenação de Cerveró pelo crime de lavagem de dinheiro. Gebran afirmou que ficou comprovado que o apartamento localizado no bairro Ipanema, no Rio de Janeiro, foi adquirido por Cerveró, através de empresa subsidiária constituída no Brasil em nome de terceiro, a fim de ocultar sua propriedade e evitar o rastreamento de valores obtidos com a prática de crimes, “devendo ser preservada sua condenação”.

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