terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O deputado estadual gaúcho Jardel pedia cocaína pelo telefone, paga com dinheiro extorquido de seus funcionários


O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul passou para a RBS os principais videos e fotos que provam que o deputado estadual Mário Jardel, do PSD, costumava pedir o fornecimento de cocaína, usando como sinônimo a palavra "picanha". Fotos mostram traficantes entrando na casa do parlamentar para entregar a "encomenda". Outro video devastador é o que apresenta o deputado e um funcionário do seu gabinete contando o dinheiro expropriado, extorquido, de funcionários. O presidente da Assembléia, deputado estadual Edison Brum (PMDB), não teve outra alternativa senão encaminhar o assunto para a Comissão de Ética. Há poucos dias foi cassado o mandato de outros deputado estadual, Doutor Basegio (PDT), por uma acusação similar, também de extorquir CCs. Aliás, há um outro deputado estadual Gilmar Sossela (igualmente do PDT), já com mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que se mantém no mandato devido a uma liminar do TSE, e que a Assembléia gaúcha protege escandalosamente, sem enviar seu caso para a Comissão de Ética. É impressionante como os deputados gaúchos são ligados com a temática "churrasco". Gilmar Sossella foi condenado porque obrigou seus funcionários à compra de um convite para "churrasco" pela modesta quantia de R$ 2.500,00. Picanha caríssima.... uma autêntica façanha. Agora os deputados estaduais não terão alternativa senão cassar imediatamente o mandato do deputado do PSD, já que as provas levantadas pelo Ministério Público Estadual são assombrosas. 

Veja o "trafic" chegando no edifício de Jardel com a "picanha", é a "coca delívery"
Uma das suspeitas investigadas na Operação Gol Contra é de financiamento ao tráfico de drogas com dinheiro público. O Ministério Público apurou que o marido de uma funcionária-fantasma fornecia drogas ao deputado Mário Jardel (PSD). Há diálogos revelando a encomenda de drogas por parte do parlamentar e filmagens do suspeito indo ao prédio de Jardel fazer entregas, conforme combinações captadas em telefonemas. O Ministério Público suspeita de que o salário da fantasma servisse para quitar o pagamento pelas drogas. Ora, se suspeita é porque não levantou provas nesse sentido. E isso já seria indicativo da fragilidade da denúncia. O Ministério Público destacou na investigação: "O que chama a atenção, no contexto, não é o eventual uso de droga pelo parlamentar, mas a evidente possibilidade, diante do que foi apurado, de que ele esteja financiando o tráfico de drogas com o desvio de verbas públicas de seu gabinete". A funcionária-fantasma identificada na investigação tem salário de R$ 3,8 mil. Para o Ministério Público, o fato de justamente ela ter sido contratada, já que é mulher do homem que fornece drogas a Jardel, indica que o intuito possa ser de o salário reverter para o marido dela, financiando o fornecimento de drogas. Mas, se isso for verdade, quer dizer que Jardel consumiria só o montante de R$ 3,800,00 de cocaína por mês? Ora, é muito pouco. É óbvio que ele gastava dinheiro de mais origens com a droga. Em 1º de novembro, o Ministério Público flagrou uma ligação em que Jardel diz ao suspeito: "Tem como tu ligar pro teu amigo lá para pegar um...um cigarro pra mim?" Segundo o Ministério Público, os pedidos eram feitos em código. Há diálogos em que Jardel fala em "picanha". Em 7 de novembro, Jardel ligou para o suspeito para informar que estava descendo para a sauna e que gostaria de "uma carteira de cigarros e duas cervejas, entendeu?" Poucas horas depois, já no dia seguinte, o deputado faz nova solicitação. O Ministério Público avaliou que o pedido foi mais explícito, deixando clara a ilicitude do que estava sendo encomendado. Jardel pediu que a entrega fosse feita "num cantinho da garagem" e que o interlocutor evitasse de o porteiro interfonar para seu apartamento. O que foi registrado na investigação: "Além de novamente solicitar as duas cervejas e um cigarro de praxe, fez uma importante observação, não deixando qualquer dúvida quanto a ilicitude dos produtos fornecidos: "Não tem como tu chegar no cantinho da garagem lá embaixo, é furado ali", disse o deputado. A entrega do produto foi feita no local indicado por Jardel e gravada pelo Ministério Público. Toda a Assembléia Legislativa gaúcha sabe que havia lá dentro, até recentemente, um deputado estadual altamente consumidor de cocaína, que empregava a fornecedora da droga em seu próprio gabinete. Ela era uma ex-condenada por tráfico de cocaína. Outro deputado consumia cocaína da manhã à noite. E há um ex-deputado deputado estadual que até hoje é um monumental "nariz de prata". Como o Rio Grande do Sul é um Estado monumentalmente hipócrita, todo mundo faz de conta que não sabe de nada. Até que acontece o caso Jardel, um pobre coitado há muito tempo tido e havido como um confesso drogadito incorrigível. Ah.... e não é tudo. Tem deputado estadual com nome citado por escrito, por delator da máfia do lixo, como tomador de dinheiro de contratos de limpeza pública. E o Ministério Público diz que não há nada a investigar a respeito do parlamentar. Mas que tal, hein?!!!!

Nenhum comentário: