quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Mensalão ficou meio 'em cima do muro', diz procurador da Lava Jato


Durante balanço da Operação Lava Jato, o procurador federal Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, afirmou que a Justiça é "viciada e propositalmente morosa" no combate à corrupção. Para Mattos, o julgamento do mensalão, em 2012, iniciou uma "quebra de paradigmas" em relação à impunidade de políticos e empresários corruptos, mas o resultado acabou decepcionando. "Até o mensalão e a Lava Jato, desvio de dinheiro público era uma coisa comum", disse: "Quando alguém tentava fazer algo, vinha um sistema processual penal já pronto e predeterminado para não deixar nenhuma pretensão punitiva prosperar". Segundo ele, a diferença entre o mensalão e a Lava Jato é que, no primeiro caso, a Justiça acabou ficando "meio em cima do muro". Ele defendeu as dez medidas contra a corrupção sugeridas pelo Ministério Público, que pretendem, entre outras coisas, criminalizar o enriquecimento ilícito de agentes públicos, aumentar as penas para corrupção e tornar mais difícil a prescrição de ações penais. 

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