terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Manifestação pró-impeachment ‘não aconteceu’, diz líder do PT


O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), disse nesta segunda-feira que as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff "não aconteceram". Na avaliação do líder petista, apenas uma minoria "de pele branca" foi às ruas no último domingo. As declarações foram feitas por ele na chegada à sede do PT em Brasília, onde se encontra com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, parlamentares petistas e integrantes de movimentos sociais, como a CUT, para discutir os protestos pró-Dilma marcados para esta quarta-feira. "O povo não foi para a rua, o Datafolha mostrou claramente quem foi para a rua (segundo o instituto de pesquisa, apenas 2% dos presentes nos protestos de domingo eram negros). Uma minoria de pele branca. Na sociedade, na sua estratificação normal, não aconteceu", afirmou o líder.Sibá disse que está confiante na força dos protestos marcados para a próxima quarta-feira, organizados por centrais sindicais ligadas ao PT, como a CUT e o MST. Ele acredita que houve um "acordar" depois da abertura do processo de impeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Perguntado se temia que os protestos em defesa da presidente Dilma fossem esvaziados, o líder do PT disse que não, e acusou o PSDB de ser "incompetente": "Não vejo isso, nós temos que denunciar à sociedade que, sem qualquer argumento jurídico... O parecer do Bicudo foi tão frágil que precisou do apoio do Eduardo Cunha. O PSDB foi incompetente até nisso", criticou. Para o líder do PT na Câmara, o rito do impeachment deve ser conduzido por uma pessoa "minimamente neutra". " O rito não pode ser feito pelo presidente da Câmara, tem que ser por alguém minimamente neutro",  disse Sibá. Em reunião com o ex-presidente Lula na manhã desta segunda-feira, o líder do PT na Câmara contou que a avaliação conjunta que fizeram é de que não houve "cheiro de povo" nos protestos pró-impeachment de domingo. Lula comentou a pesquisa Datafolha, que mostrou que o perfil médio do público visto nos atos organizados pela oposição era "elitista". 

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