quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Magda Brossard mostra indignação com o STF e o uso do nome de seu pai


O eminente jurista gaúcho Paulo Brossard, autor do livro "O Impeachment", foi invocado por ministros do Supremo Tribunal Federal, para rasgar os artigos da Constituição que regem o processo de impeachment. Magda Brossard, filha de Paulo, protestou em um texto virulento: "Hoje tenho um sentimento de tristeza e vergonha pelo que ouvi em sessão do tribunal que meu pai integrou de forma honrada e livre. Ele foi um homem livre para pensar -- e para agir de acordo com sua consciência. Talvez isto o tenha feito tão extraordinário nos seus noventa anos de vida. Paulo Brossard passou pelos três Poderes, em momentos críticos e tumultuados, sem ter medo nem fazer concessões. A Lei foi sua bússola. Conheço seu pensamento, é incompreensível que tenha sido invocado e utilizado em sentido contrário às convicções que ele sempre manifestou, e que estão registradas em livro, artigos e votos. Ninguém está obrigado a concordar com as suas convicções, mas elas e sua memória devem ser preservadas. Não era preciso invocar lições de Paulo Brossard nos votos da maioria. Sei que ele teria discordado da decisão de hoje, se fosse vivo", disse Magda Brossard. É reconfortante que ao menos uma pessoa tenha sentido de história nesta Pátria tão distraída, envolta em tenebrosas transações. Suas Excelências em Brasília perderam completamente a compostura, o senso de história, jogaram seus nomes na lata do lixo e querem arrastar na sua companhia o nome honrado de Paulo Brossard. Excelências despudoradas devem ser apontadas com toda firmeza.  

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