quinta-feira, 12 de novembro de 2015

"Trust" como o de Eduardo Cunha costuma esconder corrupção, diz a Transparência Internacional


O modelo de contrato que o deputado Eduardo Cunha admite ter com um "trust" é um típico caso de esconder dinheiro da corrupção, diz relatório da Transparência Internacional, respeitada ONG global, sem citar nominalmente o presidente da Câmara. No Brasil essa ong é controlada pelo petismo. O documento lamenta que o Brasil não tenha adotado até agora uma definição legal de "beneficial ownership" (propriedade beneficiária), exatamente o rótulo dos contratos entre Cunha e o "trust" e que, segundo a Transparência, é o termo técnico usado para descrever a pessoa ou pessoas realmente no controle dos fundos. O texto é contudente: "Pegue qualquer grande escândalo de corrupção na história recente –Petrobras, Fifa e Viktor Yanukovych da Ucrânia– e você encontrará uma companhia secreta que foi usada para pagar subornos, desviar e esconder dinheiro roubado ou comprar imóveis de luxo em lugares como Londres ou Nova York". Não por acaso, dois dos três escândalos citados envolvem o Brasil e/ou brasileiros, caso por exemplo, de José Maria Marin, o ex-presidente da CBF, proprietário, também não por acaso, de um imóvel de luxo em Nova York. Para a Transparência, cerca de US$ 2 trilhões (R$ 7,5 trilhões) são lavados anualmente, a maior parte deles por meio de companhias cujo proprietário está escondido. É mais do que o PIB do Brasil, estancado em US$ 1,5 trilhão. 

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