sábado, 14 de novembro de 2015

Peemedebistas querem Eduardo Cunha fora do congresso do partido para evitar "desgaste"


Para evitar desgaste ao partido, lideranças do PMDB defendem que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não compareça na próxima terça-feira (17) ao congresso da Fundação Ulysses Guimarães. Alvo da Operação Lava Jato por suspeita de participação no esquema de desvio de recursos da Petrobras e acusado de ter mentido à CPI da estatal ao afirmar que não tem contas bancárias no Exterior, Eduardo Cunha responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal e a um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. No encontro de terça-feira os peemedebistas discutirão alterações no estatuto do partido e propostas para que o Brasil se recupere da crise política e econômica – inicialmente a previsão de pauta era a discussão da eventual saída do partido do governo Dilma Rousseff. A avaliação de senadores e deputados da legenda é que a presença de Eduardo Cunha poderá causar desgaste e constrangimentos no momento em que o partido quer usar o encontro para se apresentar como “protagonista” na retomada do crescimento econômico do País. Acusado de manter contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara admitiu ser “usufrutuário” de ativos no Exterior, mas afirmou que não é o “titular” dessas contas, porque elas são administradas por trustes (entidades legais existentes em vários países e que administram bens de um ou mais beneficiários). “As vezes em que ele se expôs não foram produtivas. Todas as iniciativas, embora seja um homem muito inteligente, as alternativas que ele propôs até agora não foram boas para ele. Vai ter obviamente imprensa porque esse encontro vai gerar muita expectativa", disse um importante senador do PMDB. Esse senador também apontou contradições na versão dada por Eduardo Cunha para as denúncias sobre as contas na Suíça. "Não é o lugar bom para que ele se exponha, mas cabe a ele fazer a avaliação”, complementou esse peemedebista.

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