terça-feira, 24 de novembro de 2015

Para pressionar Eduardo Cunha, seis partidos decidem obstruir votações da Câmara

Seis partidos da oposição – PSOL, PSB, PSDB, DEM, Rede e PPS – anunciaram nesta terça-feira (24) que tentarão impedir todas as votações no plenário da Câmara enquanto Eduardo Cunha (PMDB-RJ) permanecer no comando da Casa. Juntas, essas seis siglas somam 128 dos 513 deputados federais. Em uma entrevista coletiva, os líderes das legendas que pedem o afastamento de Eduardo Cunha também afirmaram que não vão mais participar das reuniões semanais no gabinete da presidência da Câmara – nas quais são definidas as pautas de votações – e dos almoços das lideranças, geralmente, realizados às terças-feiras. Nenhum líder desses seis partidos participou do encontro desta terça-feira na residência oficial da Câmara. A reunião-almoço contou apenas com a presença de aliados do peemedebista. De acordo com o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), a decisão foi tomada em represália às manobras feitas na última quinta-feira (19), por aliados de Eduardo Cunha, para cancelar a reunião do Conselho de Ética que iria analisar o relatório prévio recomendando a continuidade do processo que pede a cassação do mandato do peemedebista. Nós reagimos junto com outros parlamentares, demonstrando nossa insatisfação e revolta como o episódio e a forma como a presidência da Casa foi utilizada para impedir as investigações no Conselho de Ética”. “Ficou claro que Eduardo Cunha não mede os esforços quando o objetivo é proteger-se. Não queremos um presidente que use o seu cargo. É um comportamento mesquinho que não combina com o decoro que a Casa exige”, ressaltou Sampaio. Na semana passada, deputados oposicionistas e governistas deixaram o plenário da Casa, durante uma sessão, em protesto às tentativas de aliados de Cunha de postergar o processo que investiga o presidente da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar.

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