domingo, 29 de novembro de 2015

Não há grande alternativa política no país, diz assessor da Presidência


A crise política no Brasil afeta hoje o PT, mas demonstra ao mesmo tempo que não há uma alternativa política no país, avalia o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A análise foi feita por ele em conversa com jornalistas brasileiros neste sábado (28) em Paris, onde integra a comitiva da presidente Dilma Rousseff. Garcia integra o governo petista desde o início do primeiro governo Lula, em 2003. Ao ser questionado se hoje sente um momento de maior pressão desde aquela época, ele respondeu: "Não, é o momento difícil para a política no Brasil. Afetando a política, afeta o PT. Mas não existe grande alternativa política no Brasil. Acho que o sistema político no seu conjunto está muito afetado", afirmou Garcia. "Não é que não tenha líder, o que não tenho visto são alternativas. O problema é saber como superar problemas estruturais. O presidencialismo de coalizão com o qual trabalhamos vai longe? Eu acho que não", disse. Dilma Rousseff evitou a imprensa ao chegar a Paris. Ela entrou de carro pelas portas dos fundos do luxuoso 5 estrelas Le Bristol, onde ficará hospedada por dois dias. A programação oficial até a manhã deste sábado (28) não previa compromissos oficiais no fim de semana, apenas na segunda (30), quando ela participa da abertura da COP21, a Conferência do Clima da ONU, ao lado de outros chefes de Estado. De última hora, após a chegada de Dilma ao hotel, sua assessoria informou que ela terá encontros bilaterais neste domingo (29) com os chefes de Estado de Noruega, Bolívia, Equador e do Caricom (Comunidade do Caribe).

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