domingo, 8 de novembro de 2015

Lama de barragens de Mariana chega ao Rio Doce, no Leste de Minas Gerais


Moradores do Leste de Minas Gerais começaram a sentir os primeiros impactos ambientais, provocados pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, na quinta-feira (5), no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Na manhã deste sábado (7) por volta de 11h ela chegou no Rio Doce no distrito de Cava Grande, em Marliéria, e cerca de duas horas depois atingiu a divisa entre os municípios de Santana do Paraíso e Caratinga. Na ponte metálica, na BR-458, pessoas que passavam para o local pararam para observar a elevação do nível do rio causado pela lama. A Polícia Militar Ambiental esteve no local e fez a medição do rio que subiu pelo menos um metro e meio. O tenente Átila Porto afirmou que os militares estão acompanhando os impactos, e enviarão um relatório sobre os danos para Belo Horizonte.“O impacto ambiental é imensurável. Estamos no período da piracema, o que vai trazer um prejuízo muito grande na reprodução dos peixes, além de outros danos. Estamos confeccionando os boletins de ocorrência que serão enviado ao Ministério Público em Belo Horizonte, para que a empresa seja responsabilizada pelos danos causados no Vale do Aço”, diz. 


A presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC), Lucinha Teixeira, esteve no local e declarou que ainda não sabe se haverá inundação na região. “A orientação que está sendo dada aos municípios por meio do Comitê das Bacias do Rio Doce é que durante está onda estiver passando pelas municípios, a captação de água sejam suspensas e só retomem as atividades depois de análises desta água que garantirem que ela é potável”, pontua. Ela diz que ainda não sabe o tempo que levará para analisar a água e orientou os municípios a capterem a água antes de serem afetadas.“O tempo para retornar a captação só saberemos depois das análises, podendo durar horas, dias, mas ainda não podemos afirma o tempo. A orientação é que os municípios que ainda não foram atingidos, captem água e reservem para tentar evitar o desabastecimento”, pontua. Lucinha Teixeira descartou que o Rio Piracicaba seja atingido pela lama e disse que os rios atingidos são o Gualaxo, Parte do Piranga e o Rio Doce.

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